Mais produções, essas recentes, aproveitando a boa onda dos bordados entrei na troca de páscoa do Alinhavos e Caseados e caprichei no presente da minha amiga.
Na empolgação também fiz um bread e um pano com aplicação!
quarta-feira, 18 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
Tirando o atraso....
Estes são alguns trabalhos que estavam em andamento desde novembro...rsrsrs
Alguns estavam aplicados e foram caseados em janeiro/fevereiro.
São 3 panos de prato (2 com galinhas e um de flores) e uma toalha de mesa que ainda falta o acabamento em volta)
Não fui muito feliz na escolha de alguns tecidos, mas enfim é assim: errando e aprendendo!
terça-feira, 10 de março de 2009
Sobre avesso e direito
(não sei quem é o autor do texto, se alguém souber, por favor deixe um comentário)
Sobre direito e avessoNão se passa nenhum dia, mas nenhum dia mesmo, em que alguém me fale sobre o problema do avesso de um trabalho de ponto cruz. Passam-se muitos dias sem que alguém me fale sobre problemas no direito de um trabalho.
Estranho, para dizer o mínimo. Ao que parece, o conceito de que a qualidade de um bordado é medida pelo avesso tem muitos adeptos, particularmente entre as pessoas que não bordam. São aquelas pessoas que cometem sempre a suprema indelicadeza de olhar primeiro o avesso de um trabalho, não importa em que situação e sem saber que estão fazendo uma enorme grosseria - afinal, o trabalho de quem bordou não interessa, apenas o avesso importa.
Esta desmedida preocupação com o avesso me incomoda, gostaria que fosse o inverso, pois alguma coisa está errada nesta inversão de prioridades. Além disto, de onde é que saiu a idéia de que a qualidade de um bordado está no avesso? Alguém pensa nisto? Como um conceito desta natureza pode ser assimilado sem qualquer consideração?
Eu tenho como regra nunca olhar o avesso de um trabalho se o direito não me satisfaz. Muitas pessoas me apresentam trabalhos pelo avesso, como se isto me informasse alguma coisa sobre o bordado. Eu pura e simplesmente me recuso a avaliar um trabalho pelo avesso. Minha prioridade é sempre o direito do trabalho. Considero que um trabalho cujo direito está bem feito tem, necessariamente o melhor avesso possível, caso contrário, o direito também não estaria bom.
Toda e qualquer técnica de melhoria de avesso prejudica o direito - esta é uma regra sem exceção. Não existe avesso perfeito em ponto cruz - existe um conceito segundo o qual perfeito é aquele em que todos os pontos do avesso são verticais, cobrem apenas e tão somente um quadrado do tecido, sendo arrematados pelo direito. Este conceito de "avesso perfeito" leva a um direito muito, mas muito imperfeito mesmo!
Um avesso realmente perfeito deve ser feito com o uso da técnica de ponto cruz sem avesso - sem avesso por que faz o X dos dois lados, sendo contornado com ponto Medici. Sabe-se que é literalmente impossível bordar um esquema complexo com este tipo de ponto. O avesso só é importante quando vai ficar aparente - todo o resto merece ter um "avesso limpo".
"Avesso perfeito" depende muito do tipo de esquema que está sendo bordado, pois alguns esquemas tornam impossível este tipo de avesso. Depende do raciocínio lógico, é preciso saber achar o "caminho" para bordar. Exige a mais rigorosa disciplina no tocante ao direito, pois o grande problema é a perda da regularidade dos pontos e a execução de pontos com sentido diferente.
O bordado foi executado para ser visto pelo direito. Toda e qualquer técnica de melhoria de avesso só deve ser aplicada considerando o direito do trabalho como prioritário. Não merece qualquer consideração um trabalho que apresenta um avesso perfeito e um direito cheio de problemas - não há o que apreciar, uma vez que o trabalho foi feito para ser visto pelo direito e não pelo avesso.
A "neurose" com o avesso prejudica o trabalho e raramente deixa de indicar problemas com o direito. A correção dos problemas na execução do trabalho, considerando o direito é fundamental e costuma acabar rapidamente com a "neurose". Uma boa bordadeira é facilmente reconhecível, ela nunca é "neurótica" com o avesso, pois sabe que o direito perfeito leva ao melhor avesso possível, dadas as características do esquema que está bordando. E nunca, mas nunca mesmo, prejudica o direito do trabalho para melhorar o avesso quando isto não for importante.
De todo modo, para quem insiste no famoso "Avesso Perfeito" deve, pelo menos, observar as regras seguintes:
1 - O direito tem que estar perfeito O direito perfeito é aquele que apresenta a máxima regularidade e uniformidade nos pontos; a tensão é igual e todos os pontos cruzam para o mesmo lado. Os fios se apresentam bem espalhados pelo tecido, cobrindo o tecido sem fazer volume e não mostram sinais de estarem torcidos.
2 - A agulha entra e sai do tecido apenas verticalmente Não importa se agulha entra em cima e sai embaixo ou se entra embaixo e sai em cima. Isto leva à necessidade de usar a técnica da inversão - fazer o ponto de cobertura antes do ponto base e no momento de finalizar o ponto, passar por baixo.
3 - Muda o conceito de trabalho em carreiras Não se procura a carreira ideal para começar e nem mesmo existe preocupação de completar os pontos - o que se procura é o "caminho", o melhor modo de executar uma porção do bordado que seja próxima e da mesma cor. Trata-se de um processo de raciocínio, de leitura do esquema, através do qual vai ser projetado o "caminho" a ser feito.
4 - Os contornos devem ser feitos com ponto Medici, embora este ponto não resulte em contornos tão regulares quanto o ponto atrás. Use para contornar ponto cruz apenas quando o avesso for aparente, pois com este ponto avesso e direito são idênticos. Este ponto tem vários nomes, podendo aparecer como: Holbein, linear, escrito, ou em inglês, Runing Stitch. Este ponto é feito em qualquer direção e em duas passagens, o que torna mais fácil achar o "caminho" para "andar" no esquema. É como um alinhavo, a primeira passagem faz um ponto pelo direito e um ponto pelo avesso; a segunda passagem completa a carreira, de ambos os lados. O avesso deve ficar idêntico ao direito Pode ser iniciado em qualquer ponto do bordado. Os arremates (inicial e final) são sempre feitos depois de dar os pontos e sempre nos pontos que foram feitos.
5 - Os arremates pelo direito não são aceitáveis. Afinal, trata-se de Ponto Cruz, não de tapeçaria. O arremate pelo direito fica evidente demais. O melhor modo de arrematar é usar a trama do tecido e os pontos dados no avesso. Quanto mais parecido ficar com o avesso do trabalho, melhor vai ficar um arremate. Um bom modo de descobrir como arrematar é olhar seu avesso. Se seu arremate conseguir imitar o padrão do avesso, ele ficará invisível. Assim, não existe um único modo de arrematar, sempre vai depender do padrão do avesso.
Sobre direito e avessoNão se passa nenhum dia, mas nenhum dia mesmo, em que alguém me fale sobre o problema do avesso de um trabalho de ponto cruz. Passam-se muitos dias sem que alguém me fale sobre problemas no direito de um trabalho.
Estranho, para dizer o mínimo. Ao que parece, o conceito de que a qualidade de um bordado é medida pelo avesso tem muitos adeptos, particularmente entre as pessoas que não bordam. São aquelas pessoas que cometem sempre a suprema indelicadeza de olhar primeiro o avesso de um trabalho, não importa em que situação e sem saber que estão fazendo uma enorme grosseria - afinal, o trabalho de quem bordou não interessa, apenas o avesso importa.
Esta desmedida preocupação com o avesso me incomoda, gostaria que fosse o inverso, pois alguma coisa está errada nesta inversão de prioridades. Além disto, de onde é que saiu a idéia de que a qualidade de um bordado está no avesso? Alguém pensa nisto? Como um conceito desta natureza pode ser assimilado sem qualquer consideração?
Eu tenho como regra nunca olhar o avesso de um trabalho se o direito não me satisfaz. Muitas pessoas me apresentam trabalhos pelo avesso, como se isto me informasse alguma coisa sobre o bordado. Eu pura e simplesmente me recuso a avaliar um trabalho pelo avesso. Minha prioridade é sempre o direito do trabalho. Considero que um trabalho cujo direito está bem feito tem, necessariamente o melhor avesso possível, caso contrário, o direito também não estaria bom.
Toda e qualquer técnica de melhoria de avesso prejudica o direito - esta é uma regra sem exceção. Não existe avesso perfeito em ponto cruz - existe um conceito segundo o qual perfeito é aquele em que todos os pontos do avesso são verticais, cobrem apenas e tão somente um quadrado do tecido, sendo arrematados pelo direito. Este conceito de "avesso perfeito" leva a um direito muito, mas muito imperfeito mesmo!
Um avesso realmente perfeito deve ser feito com o uso da técnica de ponto cruz sem avesso - sem avesso por que faz o X dos dois lados, sendo contornado com ponto Medici. Sabe-se que é literalmente impossível bordar um esquema complexo com este tipo de ponto. O avesso só é importante quando vai ficar aparente - todo o resto merece ter um "avesso limpo".
"Avesso perfeito" depende muito do tipo de esquema que está sendo bordado, pois alguns esquemas tornam impossível este tipo de avesso. Depende do raciocínio lógico, é preciso saber achar o "caminho" para bordar. Exige a mais rigorosa disciplina no tocante ao direito, pois o grande problema é a perda da regularidade dos pontos e a execução de pontos com sentido diferente.
O bordado foi executado para ser visto pelo direito. Toda e qualquer técnica de melhoria de avesso só deve ser aplicada considerando o direito do trabalho como prioritário. Não merece qualquer consideração um trabalho que apresenta um avesso perfeito e um direito cheio de problemas - não há o que apreciar, uma vez que o trabalho foi feito para ser visto pelo direito e não pelo avesso.
A "neurose" com o avesso prejudica o trabalho e raramente deixa de indicar problemas com o direito. A correção dos problemas na execução do trabalho, considerando o direito é fundamental e costuma acabar rapidamente com a "neurose". Uma boa bordadeira é facilmente reconhecível, ela nunca é "neurótica" com o avesso, pois sabe que o direito perfeito leva ao melhor avesso possível, dadas as características do esquema que está bordando. E nunca, mas nunca mesmo, prejudica o direito do trabalho para melhorar o avesso quando isto não for importante.
De todo modo, para quem insiste no famoso "Avesso Perfeito" deve, pelo menos, observar as regras seguintes:
1 - O direito tem que estar perfeito O direito perfeito é aquele que apresenta a máxima regularidade e uniformidade nos pontos; a tensão é igual e todos os pontos cruzam para o mesmo lado. Os fios se apresentam bem espalhados pelo tecido, cobrindo o tecido sem fazer volume e não mostram sinais de estarem torcidos.
2 - A agulha entra e sai do tecido apenas verticalmente Não importa se agulha entra em cima e sai embaixo ou se entra embaixo e sai em cima. Isto leva à necessidade de usar a técnica da inversão - fazer o ponto de cobertura antes do ponto base e no momento de finalizar o ponto, passar por baixo.
3 - Muda o conceito de trabalho em carreiras Não se procura a carreira ideal para começar e nem mesmo existe preocupação de completar os pontos - o que se procura é o "caminho", o melhor modo de executar uma porção do bordado que seja próxima e da mesma cor. Trata-se de um processo de raciocínio, de leitura do esquema, através do qual vai ser projetado o "caminho" a ser feito.
4 - Os contornos devem ser feitos com ponto Medici, embora este ponto não resulte em contornos tão regulares quanto o ponto atrás. Use para contornar ponto cruz apenas quando o avesso for aparente, pois com este ponto avesso e direito são idênticos. Este ponto tem vários nomes, podendo aparecer como: Holbein, linear, escrito, ou em inglês, Runing Stitch. Este ponto é feito em qualquer direção e em duas passagens, o que torna mais fácil achar o "caminho" para "andar" no esquema. É como um alinhavo, a primeira passagem faz um ponto pelo direito e um ponto pelo avesso; a segunda passagem completa a carreira, de ambos os lados. O avesso deve ficar idêntico ao direito Pode ser iniciado em qualquer ponto do bordado. Os arremates (inicial e final) são sempre feitos depois de dar os pontos e sempre nos pontos que foram feitos.
5 - Os arremates pelo direito não são aceitáveis. Afinal, trata-se de Ponto Cruz, não de tapeçaria. O arremate pelo direito fica evidente demais. O melhor modo de arrematar é usar a trama do tecido e os pontos dados no avesso. Quanto mais parecido ficar com o avesso do trabalho, melhor vai ficar um arremate. Um bom modo de descobrir como arrematar é olhar seu avesso. Se seu arremate conseguir imitar o padrão do avesso, ele ficará invisível. Assim, não existe um único modo de arrematar, sempre vai depender do padrão do avesso.
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